segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eleições para a AAUM 2010/2011

Eram três as listas candidatas à AAUM. Três candidatos e três programas diferentes. O objectivo era comum: defender os estudantes.

Luís Rodrigues é estudante do segundo ano de mestrado de Ciências da Comunicação e já liderou, durante o ano passado, a AAUM. Este ano apresentou novamente candidatura e, com 88,7% dos votos, a lista A foi novamente a vencedora. É então o actual presidente da Associação Académica e garante que, com uma renovação de mais de metade da equipa, acredita que vai responder “às preocupações dos estudantes”. Para Luís Rodrigues o principal objectivo é “estar na linha da frente na defesa dos interesses e direitos dos estudantes”.

Pedro Castro era o candidato da lista B. Ficou em segundo lugar na corrida à direcção da AAUM. O estudante de Engenharia Civil sempre sublinhou que era apenas um mero porta-voz do movimento AGIR e, para ele, o mais importante era “lutar por todos os estudantes e não deixar ninguém de fora”. Pedro, durante toda a campanha, garantiu que o objectivo da lista B era “fazer uma luta feroz contra o governo” e “devolver o Enterro da Gata aos estudantes, não deixando que este fosse condicionado pelos bares que costumam marcam lá presença”.

A única mulher nesta disputa pelo cargo de presidente na Associação Académica era Francisca Goulart. Estuda Psicologia e, como representante do Elo Estudantil, sempre afirmou que os maiores problemas dos estudantes estavam relacionados com “as bolsas, o regime fundacional, as propinas elevadas e o processo de Bolonha”. Francisca garantiu que se ganhasse as eleições iria lutar “por um ensino gratuito, público, democrático e de qualidade”.


            A lista A foi, então, a grande vencedora nestas eleições. Os estudantes, apesar do elevado número de abstenção, escolheram Luís Rodrigues para o cargo de presidente da AAUM. Esperemos que esta equipa remodelada represente os estudantes da melhor forma e que, tal como referiram durante a campanha, lutem pelos interesses dos alunos minhotos.



         A corrida às urnas no dia 7 de Dezembro contou com poucos interessados. Por falta de divulgação ou por despreocupação, os alunos minhotos mostraram, já em dia de eleições, um desconhecimento dos cabeças-de-lista candidatos à AAUM. Ainda assim, sem terem em mente qualquer tópico das propostas dos representantes, foram vários os estudantes que afirmaram querer exercer o direito de voto. No entanto, os valores de abstenção que se verificaram no fim das votações mostraram que, efectivamente, as decisões políticas ainda não fazem parte dos interesses dos jovens e, por isso, não os fazem deslocar massivamente às urnas.  






            Os cartazes com a apresentação dos candidatos das três listas estão espalhados por vários cantos da Universidade do Minho (UM). Os representantes para a mesa da RGA (Reunião Geral dos Alunos) e para o Conselho Fiscal e Jurisdicional também têm a sua divulgação exposta em alguns placares. O que falta em dia de eleições é a participação dos alunos na decisão das caras que querem ver à frente dos órgãos políticos para a AAUM. Após o fecho das urnas e dos votos estarem contados, a abstenção correspondeu  a 86,76%, o que significa que em 17.252 inscritos na UM, apenas 2.297 alunos votaram, este ano.


           Os professores da Universidade do Minho não têm poder de decisão no que se refere às eleições para a AAUM. Contudo, não se inibem de afirmar que os alunos devem deslocar-se às urnas para fazer valer o seu direito de voto. Tanto para os docentes como para Letícia de Sousa, aluna de Ciências da Comunicação e a estudar a vertente de Relações Públicas e Publicidade, os alunos tiveram ao seu dispor uma campanha sobre as eleições que foi suficiente para ficarem esclarecidos acerca das propostas dos três candidatos e, assim, poderem exercer um voto consciente.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Guião de Reportagem

Repórteres: 

Ana Margarida Cardoso

Diana Fernandes

Sandra Freitas

Secção: Sociedade/Saúde



Tema: O tema da nossa reportagem ciberjornalística será sobre crianças com trissomia 21. O que pretendemos com este tema é mostrar ao público que as crianças portadoras desta deficiência também são capazes de executar muitas das actividades que outras crianças sem qualquer tipo de anomalia mental também fazem. O motivo da reportagem é, então, de certa forma, elucidar as pessoas sobre as capacidades destas crianças, que nem sempre são tão limitadas como a grande maioria das pessoas pensam ser. 

Enfoque: A ideia principal que pretendemos transmitir com esta reportagem é mostrar como é que as crianças com esta deficiência mental estão inseridas na sociedade, isto é, de que forma são vistas pelos colegas da escola e a capacidade de se relacionarem com as crianças sem qualquer deficiência. Para complementar a reportagem queremos ouvir a perspectiva dos pais de crianças com Trissomia 21, professores e também um médico para perceber a génese e o desenvolvimento da doença. 

Informações preliminares: 

1) Contextualizar o facto: O síndrome de Down já desde …. 

2) Personagens/Pontos de vista: São 5 as personagens que queremos incluir na nossa reportagem ciberjornalística. As crianças com tríssomia 21 serão, digamos, as personagens principais para percebermos quais actividades estas são capazes de fazer e como se relacionam com outras crianças sem anomalias mentais. No fundo são elas o motivo da nossa reportagem. Por outro lado, queremos ouvir crianças sem qualquer deficiência para entender como estas vêem as crianças com síndrome de Down, quais as formas de relacionamento que estas conseguem manter com elas. Neste sentido, também fará parte do leque de personagens professores que costumam lidar com crianças com algum tipo de deficiência, como forma de perceber ainda qual a evolução do processo de aprendizagem das mesmas. Porque sabemos que as crianças com o problema em questão traz alguns condicionamentos para os pais, também achamos pertinente que estes façam parte das personagens a utilizar. Outra das personagens será uma psicóloga, que dará uma reflexão sobre o comportamento das crianças com trissomia 21.Por fim, daremos voz a um médico para explicar o que é realmente o síndrome de Down e as consequências que este pode acarretar para as crianças portadoras do mesmo. 

3) Descrever como os media têm tratado o tema. Qual a perspectiva que vocês usarão e no que é que a reportagem vai diferenciar em relação ao que já foi publicado: Normalmente o que se verifica nas reportagens jornalísticas é o tema da Trissomia 21 ser abordado tendo em conta os encargos que estes podem trazer para os pais e para a sociedade. Também bastante recorrente é tratarem as crianças com síndrome de Down como pessoas vítimas de exclusão social e, portanto, com dificuldades de integração devido às suas limitações mentais. Assim sendo, a nossa reportagem será diferenciadora, na medida em que abordará o tema com um sentido mais positivo, pois destacaremos um conjunto de actividades que estas crianças conseguem desenvolver e que podem ser importantes tanto para o seu núcleo familiar como para a sociedade em geral. 

Pertinência da reportagem: Decidimos tomar como tema crianças com Trissomia 21, porque anteriormente já tínhamos usado este assunto para fazer um pequeno trabalho para uma disciplina de outra unidade curricular. Como não tivemos possibilidade de fazer uma reflexão alargada sobre este problema, consideramos que esta era uma boa oportunidade para o abordar de uma forma mais completa e interessante. Dado que temos espaço para incluir várias personagens, porque nos são facultados vários recursos interactivos para expor o nosso trabalho, este é um tema que se adequa bastante bem para uma reportagem ciberjornalística, uma vez que são várias as vertentes que podemos escolher para tratar. Além disto, este é também um bom tema para as pessoas reflectirem não só sobre as pessoas com esta deficiência em específico, mas também sobre outro tipo de problemas mentais e físicos que deixam muitas pessoas ficarem à margem da sociedade. 

Fontes: Crianças com trissomia 21, pais destas crianças e professores, psicóloga e um médico. 

Recursos Multimédia: 

1) Texto: este será utilizado para incluir os esclarecimentos dos pais sobre as condicionantes de ter uma filha com trissomia 21 e para relatar alguns dos seus comportamentos, assim como a reflexão da psicóloga sobre estas crianças e informações de um médico especialista; 

2) Áudio: será usado para expor a forma como as crianças sem qualquer deficiência vêem as crianças com trissomia 21; 

3) Vídeo: O vídeo é uma boa forma de apresentarmos algumas das actividades que estas crianças são capazes de concretizar como, por exemplo, pôr a mesa, desenhar, cantar, lavar a loiça, escrever, pintar, varrer o chão, entre outros trabalhos manuais. Serve de certa forma para elucidar as pessoas sobre as capacidades destas crianças que, frequentemente, são subestimadas pelas pessoas que não estão de nenhuma forma relacionadas com este tipo de crianças. Pretendemos também incluir uma curta-metragem sobre o relacionamento de crianças com Trissomia 21 com crianças sem qualquer tipo de anomalia; 

4) Imagens: Serão apresentadas imagens de crianças com Síndrome de Down na realização das actividades, em interacção com outras crianças ou apenas no seu ambiente natural.

5) Slideshare: gráficos com a evolução da taxa de natalidade e da esperança média de vida de crianças com síndrome de Down.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Entrevista a Francisco Louçã




Foto: Activismo de Sofa

Francisco Louçã é o líder do Bloco de Esquerda (BE) e um dos elementos da oposição mais activos. Nesta entrevista, Judite de Sousa questiona o homem forte dos Bloquistas sobre o caso PT-TVI, o caso Freeport (TagusPark), o caso dos submarinos e também sobre o estado do país em geral. Veja aqui a cobertura minuto-a-minuto desta Grande Entrevista da RTP1.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Crise chega aos casamentos católicos

                                              (Foto: Encontro Cristão de Convivência Conjugal)


Os casamentos não-católicos aumentaram cerca de 21% desde o início do milénio. Em 2009, mais de metade dos casamentos realizados em Portugal não foram de índole católica. Enquanto que a percentagem de casamentos católicos, em 2000, beirava os 65%, hoje em dia não vai além dos 43%.  (Ver gráficos abaixo)




A estudante Rosa Pereira, de 26 anos, engrossa a lista de jovens que opta por um casamento não religioso. Não indo mais além do que uma cerimónia civil, Rosa explica que preferiu fazer “uma cerimónia mais íntima, afastada das festas que estão normalmente associadas ao casamento católico”. A jovem, que está a terminar uma licenciatura em Ciências da Comunicação, aponta as dificuldades financeiras actuais como principal causa para a diminuição das cerimónias tradicionais. “Um casamento pela Igreja fica muito caro. Não foi por isso que não optei por uma celebração católica, mas claro que influencia a decisão”, explica Rosa. 


Narcisa Freitas, de 29 anos, escolheu usar véu e grinalda e celebrar um casamento católico. “Como fui educada na religião católica fui idealizando desde pequena casar pela igreja, mais pelo compromisso que representa do que propriamente pela festa em si”, afirma Narcisa. Quanto à diminuição dos casamentos católicos, a jovem professora concorda com Rosa e aponta ainda uma outra causa: “Para além de ser muito caro, hoje em dia as pessoas não estão dispostas a assumir um compromisso sério em frente a tanta gente”.

Para consultar mais dados sobre este tema, consulte:

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Futebol no Minho: Como ir de Espanha a Marrocos em 20 minutos


Gritos, emoções fortes, aplausos. Tochas, petardos, cadeiras pelo ar. Claques. Fala-se de algo mais que futebol: paixão. Amor ao clube, independentemente do onze.
           
São mais do que simples adeptosEm tronco nu, com faixas, entoando cânticos, eles são o 12º jogador. Os outros, aqueles que ainda estão no balneário a ouvir o sermão do mister, esperam a hora da partida. A claque é que já está no campo muito antes de soar o apito, e começa a fazer-se ouvir. Uma voz puxa a outra e a claque puxa o estádio. É a festa do futebol.
            
Estamos no Minho, onde o desporto traça fronteiras. A placa, evidente, é o único objecto que separa Guimarães, ou Espanha, e Braga, também conhecida como Marrocos. Mais do que uma sinalização geográfica, serve de veículo de mensagens entre os dois territórios: “Guimarães é merda”, escreve-se de um lado. “Braga é merda”, escreve-se do outro. Não importa a originalidade: a ideia é perceptível.



(Figura 1 - As rivalidades evidenciadas 
numa paragem de autocarros)

A rivalidade entre o Vitória de Guimarães e o Sporting de Braga não é indiferente a ninguém. “A tensão é um sentimento que, uma semana antes do dérbi, entra pela cidade e não tem como ficarmos indiferentes a isso”. Quem o diz é o guarda-redes do Vitória, Nilson. Para ele, os fanáticos da bola são um apoio fundamental a qualquer clube, apesar de “serem emoção e não razão. São muito emotivos e levam tudo ao extremo. Se tiverem que brigar e matar, eles são capazes de o fazer”.


Do outro lado, em Marrocos, o actual número um das redes nacionais e bracarenses, Eduardo, não hesita: “As claques são o espectáculo dentro do espectáculo”. O guarda-redes esboça um sorriso de quem recorda jogos fervorosos.


Continuamos no Minho, onde o futebol desperta amores e ódios intensos. É dia de jogo. As forças policiais circundam a cidade anfitriã e não deixam que as claques se cruzem. É o risco de uma batalha campal, onde elementos da Cidade-Berço e da Cidade dos Bispos se confrontam pela honra. Por vezes, há sangue. É o preço a pagar pelo amor à instituição.


Estamos em Guimarães. A sala tem vista para o complexo do Vitória. Os jogadores treinam e o ambiente é calmo. O presidente senta-se e franze o sobrolho: “Uii, as claques!”. Mesmo assistindo aos jogos lá do alto, Emílio Macedo deixa transparecer um certo desassossego: “As claques não são fáceis. Quando as coisas correm bem apoiam, quando correm menos bem, chamam nomes”.


O ambiente continua calmo, no outro “país”. A sala está iluminada pelo sol que finalmente apareceu. António Salvador, presidente do Sporting de Braga, afunda-se na cadeira, relaxado. O assunto não parece ser o seu favorito, mas não receia dizer que as claques funcionam como uma motivação aos jogadores. Porém, não hesita em criticar os comportamentos mais violentos dos seus membros: “Não é bonito que existam claques que vão para o estádio para criar conflitos com as claques dos outros clubes”. 


Com mais ou menos reticências, existe um consenso entre as direcções dos dois clubes: desde que haja civismo, os grupos organizados são necessários para animar o futebol. De forma quase paternal, Emílio Macedo defende que “as claques deveriam conviver antes dos jogos, com respeito. Era bonito! Há miúdos que andam no futebol desde os 4/5 anos e não é um ambiente saudável”.


Os líderes das claques minhotas não pensam da mesma forma. Bracara Legion e White Angels são velhas conhecidas, mas não amigas. O amor por um símbolo é comum; o branco das camisolas também. Mas as semelhanças acabam por aqui. Não se deixem enganar: o ódio existe e veio para ficar.


“Paulinho” tem 24 anos e é o homem forte da Bracara Legion. Para ele, a rivalidade com o Guimarães é, sobretudo, necessária. É antiga e deve ser estimada como uma página da história minhota. O clube é o seu orgulho e é por ele que vibra e grita. Fala da violência associada às claques: “Há pessoas que têm a maneira de extravasar o fanatismo partindo tudo; mas eu sou contra e nunca fiz isso”. O líder não esconde que “por vezes, nem tudo corre bem. Há espaço para melhorar”.


Com um olhar sempre atento, “Paulinho” (como é conhecido entre as claques) lamenta a ideia negativa criada pelos média em torno dos grupos de adeptos: “Há claques boas e claques más. E, por vezes, por uns pagam outros…”. Amizades entre membros dos White Angels e a Bracara Legion? A resposta é rápida como um relâmpago: “Não! É impensável!”, afirma, levemente repugnado com a ideia.


Não é o único. Dois jovens adornados com símbolos vitorianos conversam na sede dos White Angels, na cidade onde nasceu Portugal. Hélder, de 22 anos, usa um anel com a designação “VITÓRIA” e Ricardo, 27 anos, um cachecol vitoriano. São os responsáveis pela claque e, tal como Paulo, rejeitam qualquer tipo de convívio com adeptos bracarenses: “Se eu descubro que alguém com quem travei amizade é do Braga, coço-me todo!”, diz Hélder, com um leve arrepio. Ricardo ri e concorda. “Não consigo ir a Braga. Só vou lá ver o Vitória. É uma cidade que não interessa…”, completa.


A temperatura na sede dos White parece ser elevada. Ao contrário de “Paulinho”, que diz ser contra a política da Bracara pressionar os jogadores em momentos difíceis com palavrões e assobios, Hélder e Ricardo têm outra convicção: “Pressão? É logo! Quando levamos um festival de bola, entramos pelo estádio dentro. A responsabilidade deles aumenta!”. O tom é natural. Não há espaço para facilitismo. Para os White, “é para trabalhar e ganhar!”, exclamam.


NOTA: Esta reportagem foi feita no âmbito da Unidade Curricular de Imprensa, não sendo, por isso, ciberjonalística.

O que se diz no Facebook sobre o filme do Facebook?

Antes de sequer pensarem no filme, o assunto já era apreciado por todos.


Rita Sousa: Eu adoro o facebook!

Depois de produzirem o filme, tornou-se no mais cobiçado por todos.

Nuno Markl: C'um camandro, nunca mais chega o serão, para eu pegar em milady Galvão e irmos ver o The Social Network!

O filme finalmente saiu e aí é que foi.


Nuno Markl: Pronto, o Social Network está visto e é espantoso!

The Social Network conta-nos a história de uma das maiores redes sociais do mundo e do seu criador, Mark Zucherberg. Aquilo que começou numa brincadeira da escola em que um universitário, para conquistar raparigas, criou uma página na Internet, acabou por se tornar num negócio multimilionário.


(Figura 1 - Cartaz de "The Social Network")

E se o filme se desenvolve em torno do Facebook - que conta actualmente com mais de 500 milhões de utilizadores – é também nele que circulam grande parte dos comentários com a opinião dos espectadores.

Uns, mesmo do outro lado do mundo, dão a sua opinião sobre o filme:


Eve Marmen: It was very good! How can a guy be so not social? It's crazy. (Tradução: Foi muito bom! Como é que um rapaz consegue ser tão anti-social? É de doidos).

Outros preferem falar dos actores:

Rita Vilaça: O Eduardo é mais bonito que o Mark!

E ainda existem outros que optam por brincar:

Jorge Martins: Fomos nós que o ajudamos a ser o que é: BILIONÁRIO.


Sérgio Reis: Devíamos ir ao encontro dele e pedir uns trocos. Um malvados daqueles a usar a malta para ganhar dinheiro.

Jorge Martins: Chama-lhe parvo. É o que dá as brincadeiras da escola.

(Figura 2 - Mark Zuckerberg e o Facebook)

O filme The Social Network, do realizador David Fincher, é o primeiro filme que explica o fenómeno Facebook. Conta com a participação de Jesse Eisenberg (Mark Zuckerberg), Rooney Mara (Erika Allbright) e Justin Timberlake (Sean Parker).

Mais informações sobre The Social Network:


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Traje Académico: a verdade dos mitos




Para muitos alunos, a praxe é um dos símbolos que caracteriza as academias de ensino superior, a nível nacional. A rebolar, de olhos no chão, a cantar ou a gritar estão os caloiros, alunos do primeiro ano. Com a capa a esvoaçar, ou simplesmente traçada como sinal verde para ordenar actividades aos caloiros, estão os doutores. A divisão é fácil de perceber. No entanto, para os alunos com três matrículas, os doutores, há uma preocupação acrescida na hora de praxar ou participar nas actividades da Academia: o traje. Por detrás de um simples tricórnio, uma capa ou até de um casaco, há uma série de supostas regras que os jovens têm sempre em atenção. Quando confrontados com a obrigatoriedade de certos elementos no traje, não revelam estar totalmente dentro do assunto, mas preferem seguir à risca o que vão ouvindo dos amigos.

Entre as regras que os alunos pensam ser essenciais estão:
  • O comprimento das mangas do casaco deve ser inferior às da camisa;
  • O número de emblemas a colocar na capa deve ser ímpar;
  • A capa deve arrastar no chão;
  • Tricórnio de arame tem de ser usado pelos alunos de engenharia;
  • Os três primeiros emblemas da capa devem corresponder ao nome do curso do aluno, à sua cidade e ao seu país.
Na Universidade do Minho, os alunos mostram conhecer todos os princípios para estarem bem trajados e seguem-nos praticamente de forma religiosa. Quem não cumpre as alegadas regras associadas ao traje é alvo de crítica. Letícia de Sousa, aluna do 3ª ano do Curso de Ciências da Comunicação, afirma estar arrependida por ter comprado o tricórnio de arame, pois os seus colegas asseguram que a aluna parece "um bocado engenheira”. A finalista explica, ainda assim, que cumpre outras regras por superstição ou por aconselhamento dos amigos. Refere que usa “o número ímpar de emblemas” porque há muita “gente que diz que dá sorte”. Manuel Figueiredo, também aluno finalista de Ciências da Comunicação, acrescenta que para quem não quiser ter a capa totalmente preta, “é obrigatório o uso dos três emblemas: da cidade, do curso e do país”.

                                           (Foto: Doutores de Ciências da Comunicação 2010)

Para os funcionários das lojas de trajes, as regras que preocupam os estudantes são simplesmente um conjunto de mitos e, ainda, desleixo na leitura do código de praxe. Cláudia Duarte, da loja “A Toga”, afirma que são vários os alunos que "passam o código de praxe à frente” e não esclarecem o que é dito pelo “boca-a-boca” que circula pela maioria dos estudantes. Em relação ao tricórnio de arames que já foi motivo de embaraço para Letícia De Sousa, Cláudia esclarece que “é perfeitamente mito”. O tricórnio de arame é associado, então, aos engenheiros devido ao facto de estes alunos desde sempre terem a “tendência de o deformar” e não o manter tão rectilíneo, acrescenta a comerciante.

Quanto ao tamanho das mangas da camisa e do casaco, ao número e tipo de emblemas e ao comprimento da capa, os alunos também não precisam de respeitar nenhum requisito. “A opção é dos estudantes”, afirma Jorge Faria, funcionário da retrosaria “Os Farias”. O comprimento da capa também não pode ser levado em consideração. Cláudia Duarte esclarece que "tem a ver com gostos". A comerciante afirma que "não existe comprimento obrigatório" para a capa, no entanto, na opinião de Cláudia, "fica mais bonito" quando os alunos traçam a capa e esta fica na zona do sapato. "É mais um mito", conclui.  


Mais curiosidades sobre o traje académico:
 


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sinistralidade Rodoviária: Jovens são maior grupo de risco

A velocidade elevada é a causa de 20% dos acidentes entre os jovens dos 18 aos 24 anos. A declaração foi feita por Anabela Simões, especialista do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, no âmbito da abertura das sessões de trabalho da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) na passada segunda-feira, em Lisboa. De acordo com a mesma especialista, os acidentes acontecem com mais frequência nas noites de fim-de-semana
 
        (Foto: Governo Civil Portalegre)

 
A probabilidade de morte por acidente rodoviário nos jovens aumenta para o dobro em relação a outras faixas etárias. A estudante da Universidade do Minho, Rita Vilaça, concorda com as constatações de Anabela Simões. A jovem de 20 anos está ainda a tirar a carta de condução, mas revela que sente já dificuldades em controlar a velocidade do veículo. “Saber gerir a velocidade é um problema. Ou ando muito depressa ou muito devagar”, conta a estudante. 

A velocidade não é o único aspecto a preocupar Rita. O medo de adormecer ao volante é outra questão que leva a estudante a recear a condução. “Tenho muito sono quando conduzo, principalmente quando conduzo à noite”, confessa.

Apesar de todos os receios, Rita Vilaça assume que ainda não sente muito a responsabilidade da condução: “O instrutor vai ao lado e tem pedais, sinto-me segura. Sei que se acontecer qualquer coisa, ele estará lá”. No entanto, a jovem compreende já que “ter um carro nas mãos é como ter uma arma”.

Recorde-se que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os acidentes rodoviários são a principal causa de morte entre os 10 e os 24 anos, provocando mais de 400 mil jovens vítimas mortais por ano. (ver mais aqui)


Mais notícias sobre o tema:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Estar na moda com óculos de sol!






São usados por qualquer pessoa, em todas as idades e respondem aos gostos e às carteiras das diferentes classes sociais. Os óculos de sol são, cada vez mais, um acessório essencial e enquanto uns os usam para se proteger, outros dão prioridade à moda. E se uns optam por um estilo mais usual há quem os prefira bem vistosos, escolhendo óculos grandes e com cores garridas. Para Bárbara Seco, estudante da Universidade do Minho, "é importante usar óculos para cuidar da visão mas também são um acessório de moda fundamental".

A moda é então a tendência de consumo da actualidade e está presente em quase todos os meios de comunicação. E esta tendência para aderir à moda faz com que, até os mais novos, gostem de "dar nas vistas e ser elogiados", tal como diz Filipa Freitas. Tem um filho de 4 anos e já o incentivou ao uso dos óculos de sol "tanto para o proteger como para se tornar num menino vaidoso", afirma Filipa.

E enquanto aos 15 anos o nosso estilo responde aos gostos do nosso grupo de amigos, aos 20 anos isso já não acontece. Num meio tão heterogéneo como as universidades, a moda (à maneira de cada pessoa) está presente e, como não poderia deixar de ser, os óculos de sol também. "Eu adoro óculos de sol. Tenho vários pares e acho divertido ir variando", afirma Maria João Quintas, aluna de Ciências da Comunicação. Já Ana Cunha confessa que prefere usar "óculos de sol bem escuros para não mostrar as olheiras" quando dorme pouco. 

Sejam para proteger dos raios ultravioletas, para esconder uma noite atribulada ou para ocultar o sofrer, o que é certo é que há sempre uma desculpa para estar na moda.



terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Público" vence guerra ibérica do ciberjornalismo

É uma característica intrínseca dos portugueses: pessimismo. Hospitalidade e simpatia são secundários. A verdade é que, na altura dos Descobrimentos, enviamos para o Mundo o que de melhor tínhamos em Portugal: os aventureiros. A vê-los partir ficaram os "Velhos do Restelo". Com a imensa capacidade de diminuir o valor histórico, económico e político de Portugal, com uma satisfação mórbida cada vez que Portugal aparece no fundo das listas, perduraram até aos dias de hoje.

Também a nível ibérico isto acontece. Os portugueses habituaram-se a olhar para a vizinha Espanha como um exemplo a seguir em todos os aspectos. O futebol deles é melhor que o nosso, a política é melhor que a nossa e são mais inteligentes que nós. E até no jornalismo este prazer de nos inferiorizarmos está presente.

 Quando olhamos para as notícias produzidas pelos media de outras partes do globo, temos tendência para valorizarmos os seus conteúdos. Aqui, no país que nos acolhe todos os dias, o público parece questionar a qualidade da informação que recebe, dia após dia. As dúvidas dos leitores são visíveis, é certo. Mas também é verdade que já não faz sentido os portugueses continuarem a ser influenciados pelos “Velhos do Restelo”.

 Decidimos fazer uma análise comparativa entre o  sítio do jornal “Público” e o sítio disponível do jornal espanhol “El País” e, num primeiro olhar, os aspectos positivos mostraram estar maioritariamente do lado nacional. As lacunas no ciberjornalismo vizinho são várias e deviam ser alteradas para que os conteúdos fossem mais facilmente compreendidos por parte dos visitantes. Um dos erros principais é o número exaustivo e confuso de imagens que compõem  a página. O visitante que abra pela primeira vez o sítio do “El País” vai obrigatoriamente desviar a atenção para as fotografias, uma vez que são mais apelativas, distraindo-se, desta maneira, do objectivo que realmente os levou ali: a actualidade informativa.



fig.1 - Página online do jornal "El País"

As falhas não ficam por aqui! Numa altura em que as redes sociais fazem parte do quotidiano de milhões de pessoas, é importante dar-lhes relevo também nas páginas online dos jornais. A troca de opiniões, as reflexões disponíveis nestas redes permitem aos jornalistas perceber o que é de interesse público e o que deve fazer parte da agenda noticiosa. Os responsáveis pelo sítio do “El País” parecem ter esquecido que estamos na era “facebookiana”. A hiperligação para este espaço virtual aparece no final do sítio, ao contrário do que seria expectável: o início da página, a fácil alcance dos olhos dos visitantes. O único senão aqui é o facto de estar em tamanho algo reduzido.


fig.2 - Redes sociais no "Público" online

fig.3 - Redes sociais no "El País" online


Nos dois aspectos já mencionados, o jornal “Público” é mais correcto. Coerência entre imagens e o conteúdo informativo, e ligações às redes sociais à vista de qualquer olhar, até dos mais desatentos. E para que o leitor não perca o ritmo da leitura, a publicidade é colocada na partes laterais da página, enquanto que na página do diário vizinho, apesar de também apresentar anúncios nos mesmo sítios que o "Público", há uma publicidade no centro que corta a dinâmica da pesquisa. Mais um ponto positivo a favor dos portugueses. 


fig.4 - Publicidade no "Público" online

  
fig.5 - Publicidade no "El País" online

É perigoso que a mentalidade dos mais novos siga o exemplo dos pessimistas que perduram por terras lusas. É provável que a Espanha tenha equipas de futebol mais fortes que as nossas, mas o melhor jogador do mundo é português. É verdade que o futebol deles é melhor que o nosso, mas o melhor treinador é português. É aceitável que considerem a política espanhola mais correcta que a nossa, mas o primeiro-ministro vizinho é grande amigo do nosso. No fundo, somos a excelência, mas não a reconhecemos.